Adeptos do sexo em lugares públicos garantem ´o risco de ser pego vale a pena´
Liberte-se do antigo conceito sexual, em que os casais liberavam a libido entre quatro paredes e à meia luz. A onda do momento, ao que parece, é praticar sexo ao ar livre e em plena luz do dia.
Já parou para pensar em você e seu namorado transando em um local supostamente isolado e rolar um vídeo na internet a la Daniela Cicarelli ? A prática sexual em lugares públicos pode ser uma fria por exceder as particularidades da intimidade do casal, mas ainda assim, mantém a adrenalina que atrai os aventureiros idealistas sob a bandeira ´somos modernistas sexuais ativos e despretensiosos´.
"Já transei com meu namorado em uma balada por iniciativa dele. Havia um corredor isolado e assim que as pessoas se distraíram engatamos uma rapidinha. O local estava cheio e algumas pessoas até viram, mas correr risco é muito excitante", confessa a estudante de administração Cristiane Pacheco, 25.
Pode ser por tara ou meramente para satisfazer um desejo pessoal e intransferível do parceiro, mas esta situação ganha adeptos de todos os meios e remete a idéia do que é normal quando se trata de sexo. "Pela lei é transgressão, porém se isso for uma fantasia não freqüente, sem problemas, afinal cada um sabe o risco que corre e o prazer está justamente neste aspecto. Agora se a pessoa se excita apenas dessa maneira pode ser doença e o tratamento se torna indispensável. Saudável é tudo o que dá prazer, mas que não agride a ninguém", explica o sexólogo João Borzino.
Já para a psicóloga Andréa Moraes, o casal pode se expor sem ter esta intenção, apesar de estar ciente da possibilidade de flagra a qualquer instante. Há diferença entre pessoas que freqüentemente fazem sexo em locais públicos e outras que o fazem em determinado contexto.
A explicação para cometer tal ato ao ar livre? O fetiche de estar em público correndo riscos é excitante e desperta o interesse dos adeptos. Transar em local público é considerado um distúrbio de conduta sexual apenas se for obrigatório para a pessoa que o sexo ocorra assim para ser completo.
O analista de sistema André Marconi, 29, revela abertamente ter utilizado para outros fins o estacionamento do shopping. As ruas de baixa iluminação, a praça e o carro também já serviram como paraíso para a satisfação do rapaz, que não dispensou nem o banheiro do bar. "O lugar mais exagerado foi dentro do shopping de frente para as lojas, mas havia pouco movimento e só rolou sexo oral".
Existem aqueles que sentem prazer com a exposição, mas nem todos têm o mesmo sentimento. A rapidinha em alguns momentos pode saciar, em outros pode servir de estímulo para um próximo encontro, mas certamente se o propósito for este, a excitação acontece.
Algumas pessoas produzem vídeos caseiros, onde mantém sexo com a parceira para posteriormente lançar na internet. Esta é uma forma de voyeurismo virtual. A rede possibilitou a existência desta modalidade, satisfazendo muitos casais ansiosos por observar outras pessoas durante o coito, mas desencorajados a adentrarem casas especializadas.
O voyeurismo e o exibicionismo podem ser considerados desvios sexuais apenas se forem maneiras exclusivas da pessoa obter prazer sexual, interrompendo a rotina de suas atividades, em função da prática ou ferindo a ele ou alguém.
A marketeira Regina Franco, 20, manteve intimidades com seu ficante dentro do cinema e admite gostar da idéia de ter um vídeo da sua performance disponível na rede. "Era uma segunda-feira à tarde e deveria ter mais uns quatro casais na sala. Nos empolgamos a ponto de fazer sexo oral nele, enquanto era masturbada. Tenho vontade em repetir e admito que me ver fazendo sexo excita muito".
"Sexo saudável é aquele que tem variações em sua forma. Jamais deixe de querer fantasiar por pensar se algo é aceitável ou não. A imaginação, a fantasia e o desejo são molas propulsoras da sexualidade. Sem elas somos praticamente assexuados", define Borzino.
Ao contrário do Brasil, onde transar tranqüilamente em lugares públicos é considerado atentado ao pudor, na Holanda a prática foi liberada nos parques, desde que não atrapalhe a vida dos demais visitantes do ambiente.
Sendo assim, deve ser feito distante dos playgrounds e outros locais onde haja um grande número de crianças e as camisinhas usadas devem ir imediatamente para o lixo mais próximo, além das pessoas envolvidas na transa evitarem o barulho. Se a moda pega por aqui, a internet vai ficar pequena para tantos candidatos ao exibicionismo.
Fonte: Guia da semana
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