Licença-maternidade e aleitamento.
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No Art. 391, está explicitado que nenhuma mulher pode ser demitida por ter se casado ou por engravidar e que não pode haver qualquer restrição no contrato quanto a essas situações.
Dos Art. 392 a 395, a CLT começa a tratar da licença-maternidade. Até agora, a licença é de 120 dias, a partir do momento em que a funcionária trouxer um atestado médico para notificar esse afastamento (de 28 dias antes até o parto), sem perda de emprego ou de salário. Mesmo que o parto aconteça antes do previsto, a mulher terá direito a esses 120 dias. A CLT dá o direito a dispensa para 6 consultas médicas e exames complementares.
Um dado interessante é que, se uma mulher adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança ela também terá o direito à licença-maternidade, desde que apresente o termo judicial de guarda. Se a criança tiver até 1 ano de idade - 120 dias; de 1 (completos) a 4 anos - 60 dias; de 4 (completos) a 8 anos - 30 dias.
Em caso de abortamento não provocado, desde que atestado por médico, a mulher tem direito a 2 semanas de repouso remunerado e direito de retorno à função que ocupava antes de seu afastamento.
O Art. 396 permite à mulher, para amamentar o próprio filho, até que este complete 6 (seis) meses de idade, 2 (dois) descansos especiais, de meia hora cada um, durante a jornada de trabalho. Essa é a atual licença-aleitamento. Na CLT não está previsto o afastamento por mais 14 dias para que a mãe, após a volta ao trabalho, possa ficar em repouso remunerado para amamentar seu filho. Essa atitude pode ser tomada, de forma voluntária, pela empresa.
Nos Art. 399 e 400 há um estímulo do Ministro do Trabalho e da Administração para os empregadores que se organizarem e mantiverem creches e instituições de proteção aos menores em idade pré-escolar, desde que tais serviços se recomendem por sua generosidade e pela eficiência das respectivas instalações, conferindo diploma de benemerência. Os locais destinados à guarda dos filhos das operárias durante o período da amamentação deverão possuir, no mínimo, um berçário, uma saleta de amamentação, uma cozinha dietética e uma instalação sanitária.
No dia 18 de outubro de 2.007, foi apresentado pela senadora Patrícia Saboya Gomes e aprovado o Projeto de lei do Senado Nº 281 de 10/08/2005, que cria o Programa Empresa Cidadã, destinado à prorrogação da licença-maternidade para 6 meses mediante concessão de incentivo fiscal, na iniciativa privada.
Esse projeto de apenas 6 artigos, que traz grande contribuição para a saúde de nossas crianças, determina que para obter esse direito, a empregada precisa requerer essa licença até o final do 1º mês após o parto.
Algumas empresas privadas, entre elas a Ampla, a Fersol e a Nestlé , essa última contando, no momento, com 16.000 trabalhadoras, adotaram a licença-maternidade de 180 dias, mesmo antes da aprovação do projeto de forma definitiva pelo Congresso Nacional, como mostra o Jornal da Sociedade Brasileira de Pediatria .
Se for aceito, esse período de mais 60 dias será usufruído logo após o término dos 120 dias de licença-maternidade e a funcionária não poderá ter nenhum trabalho remunerado e nem manter seu filho em creche ou berçários. Se isso for descoberto e comprovado, a funcionária perderá o direito a essa prorrogação.
Para a empresa que aderir voluntariamente a esse programa (não é obrigatório), enquanto durar essa adesão, terá direito á dedução integral, no cálculo de seu imposto de renda, do valor que corresponde à remuneração integral da empregada durante esses 60 dias de prorrogação.
Se a funcionária usufruir a licença de 6 meses, automaticamente perderá o direito do que é estabelecido no Art. 396 que permite à mulher, para amamentar o próprio filho, 2 (dois) descansos especiais, de meia hora cada um, durante a jornada de trabalho, porque esse direito é válido, apenas, até que este complete 6 (seis) meses de idade
Fonte: Guia da Semana
Fonte: Guia da Semana
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