Das bençãos escondidas
Quando o “Alquimista” foi oferecido aos grandes grupos editoriais da França, nenhum se interessou. Evidente que fiquei muito triste, decepcionado, mas minha agente na época (e ainda hoje), uma jovem de 22 anos – Mônica Antunes – resolveu continuar insistindo.
Um ano inteiro se passou, até que uma pequena editora, que acabara de abrir suas portas, resolveu assinar o contrato com o tal autor brasileiro desconhecido, colocar todos os seus esforços para distribuí-lo bem – e o livro se transformaria em uma das melhores vendas de todos os tempos no mercado francês, batendo o recorde de permanência nas listas de mais vendidos do país.
Hoje, conhecendo melhor o mercado internacional, tenho certeza que se tivesse sido publicado por um destes grandes conglomerados, minhas chances seriam quase nulas, já que estaria concorrendo com outros grandes e renomados autores em seus catálogos. Mas fui publicado por um editor iniciante, entusiasmado (no caso uma editora, Anne Carriere, que mais tarde escreveu um livro a este respeito), e isso fez toda a diferença.
Portanto, quando alguma porta se fechar para você, procure lembrar esta história.
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