INTERNET BANDA LARGA
Para os próximos anos o Brasil deverá dar um salto de qualidade e queda de preço na conexão de internet
Rodrigo Ferreira / DIÁRIO SP
Uma internet rápida, capaz de baixar um programa de 100 MB em apenas um minuto, que não tem problemas de conexão, é acessível em qualquer lugar e custa pouco. Parece uma ideia distante dos dias de hoje, mas é o que deve acontecer nos próximos anos. Pelo menos na visão do governo e das operadoras de banda larga.
Em países como Japão e Coreia do Sul, que investem pesado em internet, os dados acima já se tornaram uma realidade. A Coreia, por exemplo, já tem hoje o melhor serviço de internet rápida do mundo e pretende oferecer em 2013 conexões com velocidade de download e upload de 1 GB por segundo nas principais cidades do país.
No Brasil, como o DIÁRIO apontou ontem, o serviço ainda é caro e a velocidade entregue está longe da ideal. Segundo o presidente da consultoria Teleco, Eduardo Tude, para melhorar a qualidade é preciso investir. "Para se ter velocidades maiores a preços menores as operadoras precisam investir em redes baseadas em fibra óptica. Você não vai ter uma internet de banda larga barata se não houver investimentos pesados em rede", diz.
Contrapartida/ Porém, o consultor cobra uma contrapartida do governo. "As empresas estão investindo, mas existe um empecilho muito forte que é a proibição delas poderem oferecer TV a cabo. Se isso for possível, as operadoras poderão retirar uma receita maior e viabilizar os investimentos. Enquanto o Congresso não aprovar o projeto de lei teremos um freio neste processo", afirma Tude.
Na última semana, o Ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou em entrevista ao portal iG que nos próximos quatro anos ocorrerá uma revolução no país impulsionada pela expansão da banda larga. A intenção do governo é que até 2014 até 80% da população tenha acesso a internet de velocidade. Atualmente são 34%.
Para advogada do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), Veridiana Alimonti, a melhora do serviço só será efetiva quando as regras de entrega da velocidade contratada forem claras e respeitadas pelas empresas.
Pesquisa aponta transmissão lenta
O DIÁRIO testou o serviço oferecido em São Paulo por seis operadoras de banda larga móvel e fixa (Telefonica/ Speedy, Net/ Virtua, Oi, Tim, Claro e Vivo) e constatou que o consumidor recebe uma velocidade que chega a ser 40% inferior a máxima indicada pelo modem das empresas. As companhias alegaram que a conexão pode variar de intensidade dependendo do local, de fatores climáticos, da distância das antenas, entre outros motivos.
43,8%
das conexões no país tem velocidade entre 512 KB e 2MB
Empresas tem pacotes por dados e tempo
Segundo o presidente da consultoria Teleco, Eduardo Tude, atualmente as empresas que trabalham com modem móvel oferecem planos por transmissão de dados ou tempo e não mais por velocidade. "De modo geral as operadoras adotaram pacote por consumo de dados, já que elas não têm condição de garantir uma velocidade constante", explica. O preço varia de acordo com o plano contratado.
1.352
cidades do Sudeste não tinham internet até junho de 2010
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