'Rambo IV' é a guerra de um herói que tenta se humanizar
Sylvester Stallone fecha o ciclo do herói com o novo filme, com roteiro melhor elaborado e mais violência
SÃO PAULO - No primeiro filme, a guerra era por si próprio. No segundo, pela pátria. E no terceiro, pela sua família (ou no caso, seu mentor, o coronel Samuel Trautman). Agora, Sylvester Stallone está de volta à telas do cinema com Rambo IV (John Rambo, em inglês), que estréia no Brasil no dia 29 de fevereiro, para fechar o ciclo do herói associando novamente a história com a política norte-americana atual: a guerra se torna necessária quando se luta por um ideal - vide a invasão do Afeganistão na busca de terroristas.O filme tem o mesmo tom de todos as anteriores: Rambo não quer se envolver com problemas, mas estes o procuram. Como ele mesmo diz, "faz parte de sua existência". Barqueiro na Tailândia, no rio Salween, ele vive de forma simples, na natureza, e tira seu sustento caçando - tira algum dinheiro com isso. Eis que é procurado por um grupo de missionários que pretendem ir à fronteira com a Birmânia, em conflito há mais de 60 anos, para levar remédios e ajudar pessoas de tribos flageladas pelos conflitos. A batalha é para salvá-los.Passados 20 anos do último filme, Stallone, agora com 61 anos, ainda mostra fôlego para correr e encarar algumas cenas de tiro. Aliás, isto não falta. O quarto filme é o mais violento de todos, muito sangue, tiros, explosões e mortes - se você tem algum problema em ver esse tipo de coisa, adianto, não assista o filme. É outra associação com o momento atual, mas aí da indústria cinematográfica, em que os heróis estão cada vez mais em tons realistas.
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