Saiba como funciona o sistema do Ibope que mede a audiência das emissoras de TV
Os números divulgados pelo Ibope partem de um aparelho denominado peoplemeter. Ele é conectado ao televisor e capta o sinal, que é transmitido via celular ao instituto. Cada vez que o morador liga a TV, ele se identifica no sistema. Um domicílio pode ter até quatro peoplemeters.
Para que a média seja devidamente estudada, as casas escolhidas são acompanhadas por um período aproximado de quatro anos consecutivos. Os domicílios são eleitos com a ajuda de resultados do Censo Demográfico, via IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Além disso, o próprio Ibope faz levantamento econômico junto ao público.
Após feito o contato com a família determinada, um representante vai ao seu encontro e explica o contrato. Um técnico instala o aparelho sob a garantia de sigilo, para preservar a integridade da mostra e a privacidade da família.
Cada estado brasileiro tem um número determinado de domicílios sujeitos ao sistema do Ibope. Na Grande São Paulo, eles são 750, amostragem que representa mais de 19 milhões de habitantes.
Um ponto de audiência equivale a um por cento do universo pesquisado, algo como 55.546 domicílios, de um total de 5.554.600 em São Paulo. Os números são atualizados ano a ano. A empresa Ernst & Young, escolhida pelos próprios clientes via ABAP - Redes, faz a auditoria dos resultados.
Outro número levado em consideração diz respeito ao Share. Ele é obtido pela média entre a audiência do programa ou emissora e o total de domicílios estudados - ou seja, a porcentagem de TVs sintonizadas em determinada atração dentro do conjunto de aparelhos ligados no momento. Para as emissoras e para o mercado, este número é mais importante do que a audiência bruta, já que indica com mais exatidão a preferência do público.
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